segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Diagnóstico Alzheimer
Caso tenha recebido em sua família esse diagnóstico, não se desespere. Existe no Brasil todo, grupos de apoio que poderão te ajudar a conhecer melhor sobre o Alzheimer e livros que falam do assunto.
Eu sei que no principio você vai ficar sem chão, mas tudo na vida passa. Levante a cabeça, sacode a poeira, pois tem muito a fazer. Mantenha a calma sempre, se você ficar nervosa, vai ser pior para seu ente querido. Encare isso como uma missão e não como um castigo para você.
No avançar da doença, este seu parente não vai te conhecer, não vai comer sozinho, não vai fazer sua higiene pessoal, enfim vai ficar totalmente dependente. Sei bem o que você está sentindo, minha mãe faleceu a 1 ano e 5 meses com a doença de Alzheimer que durou 8 anos passando pelas 3 fases. Divida essa responsabilidade com alguém de sua família, se ninguém quiser te ajudar não tem problema, você vai ficar cansada, mas não vai morrer por causa disso.
Faça um planejamento de sua vida, de horários para você sair, sendo de manhã ou à tarde. Cuide de sua saúde, vá a seu médico a um salão de beleza. Você tem de estar bem para cuidar do seu familiar. Não se sinta culpada de querer sair e curtir a sua vida e ninguém tem o direito de te impedir disso ou te dizer: “é tudo quando pode”.
Agora, o mais importante é você saber que você não está sozinha ou sozinho.
Um abraço grande da
Filha do Alzheimer
domingo, 3 de abril de 2011
O passo a passo do banho de uma idosa com Alzheimer
domingo, 6 de fevereiro de 2011
O dia-a-dia de uma cuidadora
Começava às 8 horas da manhã, eu e o Paulo a tirávamos da cama, colocávamos na cadeira higiênica e levávamos para o banheiro. Neste quarto onde ela ficava tinha 2 camas, uma dela e a outra onde o Paulo dormia e tomava conta e a virava durante a noite. Eu não dormia com ela, pois não tinha empregada nem cuidadora e no outro dia tinha minhas obrigações domesticas e os cuidados com minha mãe.
Depois do banho, passando sempre em seu corpo um hidratante alternando com óleo de girassol de supermercado, aquele usado em cozinha. Tinha um separado só para ela.
Colocávamos na cadeira de roda e eu a levava para o cômodo da casa em que eu estivesse. Todo dia, eu a dava um mamão papaia e depois uma papinha de café com leite e pão. Às 11:30 era o almoço, como ela não tinha problemas de saúde, comia de tudo. Mesmo ela não lembrando o que gostava de comer, eu procurava fazer, e sempre conversando, pois a mesma era um pouco lúcida.
Às 15:00 era hora de uma vitamina de frutas, sempre variando, e durante todo dia, muita água e suco. Às 17:00 outra papinha de café com leite e pão. Às 19:30 era a última refeição do dia que consistia numa sopinha variada. Fazíamos sua higiene bucal, sua medicação e às 21:00 ela estava pronta para dormir.
A doença avançou muito rápido, um dia tive de interná-la para colocação de uma sonda gástrica, pois ela já não comia mais e estava engasgando. O processo para mim foi muito tranquilo, a alimentação era comprada e introduzida na sonda por meio de equipo, nisso sua cama foi trocada pela hospitalar, pois ela já estava completamente dependente. Mesmo nessas condições, nós sempre a tirávamos da cama e a colocávamos na cadeira de rodas para evitar machucados e descansar do leito.
Deixo um apelo para todos os familiares que tenham doentes dependentes com alzheimer ou não, valorizem seus cuidadores, eles estão ali para fazerem o melhor. Aceitem suas sugestões, eu garanto que o que eles não souberem vão procurar aprender com o médico de seu familiar.
Abraço a todos,
Denise