domingo, 9 de fevereiro de 2014

"Todo filho é pai da morte de seu pai" (Fabrício Carpinejar)

"Feliz do filho que é pai de seu pai antes da morte, e triste do filho que aparece somente no enterro e não se despede um pouco por dia." Há uma quebra na história familiar onde as idades se acumulam e se sobrepõem e a ordem natural não tem sentido: é quando o filho se torna pai de seu pai. É quando o pai envelhece e começa a trotear como se estivesse dentro de uma névoa. Lento, devagar, impreciso. É quando aquele pai que segurava com força nossa mão já não tem como se levantar sozinho. É quando aquele pai, outrora firme e intransponível, enfraquece de vez e demora o dobro da respiração para sair de seu lugar. É quando aquele pai, que antigamente mandava e ordenava, hoje só suspira, só geme, só procura onde é a porta e onde é a janela - tudo é corredor, tudo é longe. É quando aquele pai, antes disposto e trabalhador, fracassa ao tirar sua própria roupa e não lembrará de seus remédios. E nós, como filhos, não faremos outra coisa senão trocar de papel e aceitar que somos responsáveis por aquela vida. Aquela vida que nos gerou depende de nossa vida para morrer em paz. Todo filho é pai da morte de seu pai. Ou, quem sabe, a velhice do pai e da mãe seja curiosamente nossa última gravidez. Nosso último ensinamento. Fase para devolver os cuidados que nos foram confiados ao longo de décadas, de retribuir o amor com a amizade da escolta. E assim como mudamos a casa para atender nossos bebês, tapando tomadas e colocando cercadinhos, vamos alterar a rotina dos móveis para criar os nossos pais. Uma das primeiras transformações acontece no banheiro. Seremos pais de nossos pais na hora de pôr uma barra no box do chuveiro. A barra é emblemática. A barra é simbólica. A barra é inaugurar um cotovelo das águas. Porque o chuveiro, simples e refrescante, agora é um temporal para os pés idosos de nossos protetores. Não podemos abandoná-los em nenhum momento, inventaremos nossos braços nas paredes. A casa de quem cuida dos pais tem braços dos filhos pelas paredes. Nossos braços estarão espalhados, sob a forma de corrimões. Pois envelhecer é andar de mãos dadas com os objetos, envelhecer é subir escada mesmo sem degraus. Seremos estranhos em nossa residência. Observaremos cada detalhe com pavor e desconhecimento, com dúvida e preocupação. Seremos arquitetos, decoradores, engenheiros frustrados. Como não previmos que os pais adoecem e precisariam da gente? Nos arrependeremos dos sofás, das estátuas e do acesso caracol, nos arrependeremos de cada obstáculo e tapete. E feliz do filho que é pai de seu pai antes da morte, e triste do filho que aparece somente no enterro e não se despede um pouco por dia. Meu amigo José Klein acompanhou o pai até seus derradeiros minutos. No hospital, a enfermeira fazia a manobra da cama para a maca, buscando repor os lençóis, quando Zé gritou de sua cadeira: — Deixa que eu ajudo. Reuniu suas forças e pegou pela primeira vez seu pai no colo. Colocou o rosto de seu pai contra seu peito. Ajeitou em seus ombros o pai consumido pelo câncer: pequeno, enrugado, frágil, tremendo. Ficou segurando um bom tempo, um tempo equivalente à sua infância, um tempo equivalente à sua adolescência, um bom tempo, um tempo interminável. Embalou o pai de um lado para o outro. Aninhou o pai. Acalmou o pai. E apenas dizia, sussurrado: — Estou aqui, estou aqui, pai! O que um pai quer apenas ouvir no fim de sua vida é que seu filho está ali.''

terça-feira, 16 de abril de 2013

Vacinação contra a Gripe


 A campanha de vacinação contra a gripe começou nesta segunda - feira (15/04), e pretende até o dia 26 de abril, imunizar 7 milhões de pessoas, inclusive os idosos. Participem.

Dicas de uma cuidadora de idosos com Alzheimer




    Dicas de uma cuidadora de idosos com Alzheimer Dicas de uma cuidadora de idosos com Alzheimer
  • Já na fase mais avançada da doença, em que o paciente está totalmente dependente, ele não vai lembrar de beber água. Ofereça a ele durante todo a dia pequenas porções de água alternando com suco.
  • Se o idoso com Alzheimer estiver vendo televisão e achar que as pessoas da TV estão dentro da casa, explique com calma que não é assim, se ele insistir, desligue a mesma.
  • Delírio: “Cadê aquela criança que estava aqui?”, sendo que não havia nenhuma criança, você dirá que ela foi embora.
  • Para evitar que ele gripe com freqüência, ofereça a ele suco de acerola com abacaxi, rigorosamente todos os dias, alternando as vezes com outro sabor, mas tem que ser as duas frutas, isto se ele não tiver problemas de gastrite.
  • Se o paciente for agressivo, evite levá-lo a lugares movimentados. Ele pode agredir alguém e esta pessoa agredida não vai saber que o mesmo tem Alzheimer.
  • Se possível leve-o a uma praça, faça uma caminhada em um horário que não tenha muita gente no local.
  • Não deixem de levá-lo ao médico e principalmente ao dentista, não é por estar doente que ele não vai ter acesso ao dentista.
  • Se você tem o hábito de encerar a casa e tiver tapetes, é hora de retirar os tapetes e não encerar mais o lar para evitar tombos.
  • Se o idoso cair ao chão, cuidado ao levantá-lo, certifique-se que não houve nenhuma fratura.
  • No banheiro, coloque barra de apoio no box e perto do vaso sanitário, isso é o melhor para evitar acidentes.
  • Nunca deixem o idoso sozinho, esteja sempre com ele, um descuido seu pode ser perigoso.
  • Se vocês sabem, por exemplo, que ele sempre gostou de empada, leve para ele. O idoso com Alzheimer pode não se lembrar, mas você sim.
  • Conversem sempre com ele, conte se o dia está chuvoso ou ensolarado, mesmo se ele não te responde, poderá estar prestando atenção ao que você diz.
  • Não ofereçam a ele comidas que não gostava, anteriormente. Você não gostaria que fizesse isso com você.







segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Campainha de Leito

Meus seguidores, fui trabalhar na casa da dona Maria ( nome fictício) e lá conheci a campainha de leito. Achei muito interessante, ela funciona da seguinte maneira: Ela possui uma base que é ligada na eletricidade e um interruptor que fica no leito com o paciente. A base é móvel e pode ser levada para qualquer parte da casa. Há vários modelos desta campainha no mercado, e o preço pode variar entre R$18,00 e 70,00 reais.



Destaco a importância do auxilio desta campainha no cuidado com o idoso dependente ou não, pois é uma forma do paciente se comunicar caso necessite ou aconteça algo e o cuidador ou familiar não esteja no momento ao seu lado.
Fiquem alertos sobre isso.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Como será o futuro de alguém com DA?

Como a DA é uma doença progressiva, seus sintomas pioram com o tempo, mas a velocidade com que isso ocorre é variável, assim como o desenvolvimento da doença. Após o diagnóstico de Alzheimer o paciente ainda pode viver por muitos anos, o que depende muito da qualidade de vida da pessoa com DA.

Como é o tratamento da DA?

O Alzheimer é uma doença que ainda não se conhece a cura. Sendo assim, o tratamento objetiva minimizar os danos e a progressão da mesma. As especialidades médicas que tratam de sujeitos acometidos pela DA são a psiquiatria, a geriatria e a neurologia, já que o Alzheimer afeta o cérebro do idoso. 
Os medicamentos para o tratamento da DA existem em dois grupos, um agindo de modo distinto do outro. São eles; os anticolinesterásicos e os antagonistas dos receptores de glutamato. O quadro clínico do paciente é o que vai determinar quais medicamentos serão utilizados.
Um cuidador devidamente capacitado para cuidar de um idoso com DA é fundamental em seu tratamento. No trabalho do cuidador há um grande esforço físico e emocial, se tornando muito cansativo.  O ideal é ter mais de um cuidador e a família também assumir a responsabilidade com o idoso. Essas orientações proporcionam maior segurança e qualidade de vida para o idoso e seus cuidadores.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Quando e como é diagnosticada a DA?


Julga-se erroneamente serem normais os esquecimentos frequentes em idosos, e por isso o diagnóstico da doença de Alzheimer geralmente é feito quando o paciente já se encontra na fase moderada. A entrevista médica, os testes que avaliam respostas físicas, comportamentais e emocionais dos indivíduos, são utilizados como métodos para se diagnosticar a DA. Exames de sangue, urina e de imagem cerebral, também fazem parte do processo diagnóstico.